No final da semana passada, o pesquisador James Fung realizou em Toronto o Cyborg Echoes Deconcert, evento onde as ondas cerebrais da platéia foram gravadas, mixadas e reproduzidas obtendo "música". Cada voluntário foi conectado aos computadores por eletrodos presos nas orelhas e na parte traseira da cabeça, a fim de captar os sinais do lobo occipital, a parte do cérebro que processa as informações visuais. Antes do concerto, a platéia participou de uma sessão de meditação e exercícios respiratórios para ficarem mais relaxados. Com isso, o cérebro iria gerar ondas alfa e, conseqüentemente, uma "melodia" mais agradável. Quando está mais ativo, o cérebro produz apenas ondas beta, que parecem arranhões nos gráficos de eletroencefalogramas e são muito fracos para produzir uma boa "música". As ondas alfa, por outro lado, são fortes e contínuas. O "desconcerto" teve até percussão, obtida a partir de batimentos cardíacos de alguns dos voluntários. O resultado deste evento experimental pode ser conferido aqui (2,9 MB) e aqui (1,3 MB). Imagine só o que poderia sair da cabeça dos Gengivas Negras, Joãozinho...
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